E ESSA TAL FELICIDADE...

“... Sensação real de satisfação plena, estado de contentamento; condição de pessoa feliz, satisfeita, alegre, contente.”

Passamos a vida em busca da felicidade, em muitos momentos e para vários de nós, a crença é que ela está nas grandes coisas. Esquecemos dos prazeres do dia a dia. E daí, surge aquele sentimento de ansiedade – dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo desde 2017, e mais de 9% da população convivem com esse transtorno.

Esquecemos ou não nos conscientizamos que cada um tem sua própria medida, alguns, as buscam em coisas, outros em pessoas. Há quem atribua a conquistas profissionais e pessoais, ou então a determinados estados mentais. Para a ciência não existe só uma definição: a felicidade está em tudo isso e em nada disso ao mesmo tempo.

É importante pensar que o contexto no qual estamos inseridos também tem influência em nosso bem-estar e felicidade.

Mudanças sociais repentinas como a que estamos vivendo atualmente tem total interferência em como nos sentimos. Ter em mente, que nem sempre a felicidade depende exclusivamente de nós ou de nossos esforços, nos ajudará a diminuir a ansiedade diante da não felicidade, que iremos precisar encarar vez ou outra durante a vida. Somos seres sociais e boas conexões são formas de nos sentirmos felizes, porém, não conseguimos nos blindar dos acontecimentos externos.

Entender que podemos encontrar felicidade nas coisas mais simples, sem precisarmos passar a vida em busca da felicidade a todo custo, já nos permite ser mais leves, pois, nos ajuda perceber que se sentir triste, angustiado, ansioso ou com um mal-estar faz parte da nossa constituição, assim como se sentir feliz e realizado.

Não existe fórmula mágica ou um jeito único de ser feliz, cada pessoa irá encontrar uma estratégia que lhe trará sentido para caminhar e viver. Outras vezes a ajuda profissional será necessária para organização e elaboração do que realmente faz sentido.

Essa tal felicidade plena é utópica, por isso encontrar beleza nas coisas cotidianas e na qualidade das conexões que fazemos é um caminho para ficarmos melhor conosco e com quem nos cerca.

Carla Lopes

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